domingo, 11 de janeiro de 2009

Metrópole pt1: O Amanhecer de uma Noite Sem Fim


O vento veio mais cedo
Nesta fria e escura manhã
Alguém sai de casa
Vai a padaria, sonolento
Hoje eu acordei sozinho
Olhei pela janela a metrópole
Suas veias de asfalto
Suas árvores de concreto
E a esperança de um dia bom
Entra sem pedir no meu quarto
Fazendo-me respirar novos ares
Saio de casa, sem rumo
Cigarro amigo me abraça
Levado às cinzas pelo vento
Moças bonitas passam por mim
Expelindo sorrisos falsos
Pais distraídos ensinam
Aos filhos as leis da metrópole
Vendedores de promessa
Tentam passar esperança
A quem já não pode esperar nada
De repente me vem um sorriso
Um olhar, uma palavra
De alguém que está comigo
Acho que estou amando
Talvez eu chore, talvez não
Um amor de ilusão
E as ruas agora inspiram festa
O carnaval em mim explode
Tudo ao som da metrópole
Vejo minha história passando
No abismo dos teus olhos
E a metrópole agora observa
A metrópole só observa...

Um comentário:

Mara disse...

Sempre lendo tuas poesias.. e lembrando d uma música.. A da vez é bob marley: "concrete jungle"
linda por sinal. =)