sábado, 17 de janeiro de 2009

São luís do Mará


Me encontrei no teu olho d’água
Toquei teus cabelos de ponta d’areia
Dancei ao som do reggae a beira-mar
Praia grande, grande amor

São Luís francesa, portuguesa
São Luís, Atenas brasileira
De teus azulejos vem teu encanto
Dos teus casarões vem tua glória

Do negros, a luta, crioula, cacuriá
Dos poetas, Dias, Azevedos, Gullar
Dos índios, a terra, tupinambá
Do teu povo, a paixão, de matar

Se te deixar algum dia, São Luís
Não tardarei em vir te abraçar
Minha terra é o que há, sinhô
Minha terra, São Luís do Mará

domingo, 11 de janeiro de 2009

Metrópole pt1: O Amanhecer de uma Noite Sem Fim


O vento veio mais cedo
Nesta fria e escura manhã
Alguém sai de casa
Vai a padaria, sonolento
Hoje eu acordei sozinho
Olhei pela janela a metrópole
Suas veias de asfalto
Suas árvores de concreto
E a esperança de um dia bom
Entra sem pedir no meu quarto
Fazendo-me respirar novos ares
Saio de casa, sem rumo
Cigarro amigo me abraça
Levado às cinzas pelo vento
Moças bonitas passam por mim
Expelindo sorrisos falsos
Pais distraídos ensinam
Aos filhos as leis da metrópole
Vendedores de promessa
Tentam passar esperança
A quem já não pode esperar nada
De repente me vem um sorriso
Um olhar, uma palavra
De alguém que está comigo
Acho que estou amando
Talvez eu chore, talvez não
Um amor de ilusão
E as ruas agora inspiram festa
O carnaval em mim explode
Tudo ao som da metrópole
Vejo minha história passando
No abismo dos teus olhos
E a metrópole agora observa
A metrópole só observa...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Som da Madrugada


Em pé no meu quintal
Escuto o som da madrugada
Grilos cantando pra mim
Chopin, Pink Floyd, LaBrie
Acendo um cigarro
Para me fazer companhia
E a fumaça que do meu peito
Escapa vagando petulante
É como um amor ferido
Que escurece meu ar
mas logo me deixa...
Acendo outro cigarro
Minha alma cansada
Parece perdida sozinha
Encontra com meu corpo
Dançando ao som da madrugada

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Não Me Diga


Não me diga que não fiz
O necessário ou desnecessário
O bastante ou o constante
Não espere mais de mim
Não há tempo para suficiente
Não me diga que não chorou
Ainda que secas lágrimas
Ainda que falsas palvras
Não me diga lembranças
Não me diga que a festa acabou
Que a cerveja acabou,
Que o cigarro acabou
E que vc foi embora...
Não diga q a culpa é minha
Se vc olhar no espelho
A procurar o amor perfeito
E ve o meu sorriso...