terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ninguém


Há sempre alguém morrendo
Há sempre alguém chorando
Há sempre alguém sofrendo
Há sempre alguém me esperando?

Há sempre alguém lá fora
Há sempre alguém sorrindo
Há sempre alguém na janela
Há sempre alguém partindo?

Há sempre alguém pensando
Há sempre alguém vivendo
Há sempre alguém mentindo
Há sempre alguém me esquecendo?

Ninguém veio me buscar
Ninguém veio se importar
Pensei ter te visto chegar
Mas, ninguém... ninguém...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Chuva


Chuva de outrora
Tristes gotas
Lavam meu rosto
Ventos frios
Chamam teu nome
O olhar cansado
Em gotas de amor
Transborda-me
Meu corpo castigado
Chuva minha companheira
Fiel escudeira
Que vara a noite
Leva de mim o açoite
De viver sem essa morena

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

estranho


Estranho sentimento
Partilho com este estranho
Estranho prazer me atrai
A presença deste estranho
Estranho o fato
De não o conhecer
Embora o estranho
Seja tudo que preciso
Apesar de tudo
Não o estranho,
Não é estranho
O desejo sem fim
Na madrugada eterna
Esperar uma ligação
E uma voz estranha
“ei meu estranho
Lembrei de ti”