terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ninguém


Há sempre alguém morrendo
Há sempre alguém chorando
Há sempre alguém sofrendo
Há sempre alguém me esperando?

Há sempre alguém lá fora
Há sempre alguém sorrindo
Há sempre alguém na janela
Há sempre alguém partindo?

Há sempre alguém pensando
Há sempre alguém vivendo
Há sempre alguém mentindo
Há sempre alguém me esquecendo?

Ninguém veio me buscar
Ninguém veio se importar
Pensei ter te visto chegar
Mas, ninguém... ninguém...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Chuva


Chuva de outrora
Tristes gotas
Lavam meu rosto
Ventos frios
Chamam teu nome
O olhar cansado
Em gotas de amor
Transborda-me
Meu corpo castigado
Chuva minha companheira
Fiel escudeira
Que vara a noite
Leva de mim o açoite
De viver sem essa morena

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

estranho


Estranho sentimento
Partilho com este estranho
Estranho prazer me atrai
A presença deste estranho
Estranho o fato
De não o conhecer
Embora o estranho
Seja tudo que preciso
Apesar de tudo
Não o estranho,
Não é estranho
O desejo sem fim
Na madrugada eterna
Esperar uma ligação
E uma voz estranha
“ei meu estranho
Lembrei de ti”

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Parte de Mim


Sinto que levaram
Uma parte de mim
Alguém que nunca vi
Não sei o que faço aqui
Nesse mar de mentiras
Afogando em delírios
Esperando que alguém
Leve-me pra longe da dor
Às vezes acho que
Não sou daqui
Não me encontro
E continuo rindo
Rindo para a desgraça
Nem meu desejo é livre
Sempre foi assim.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cicatriz


Profundo desespero
Remeto-me a esses dias
De triste solidão
Onde o mundo
É preto e cinza
Sinto as marcas
De quando morri
Venham mortos,
À minha sepultura
Perecerei no solo
Como uma musica
Que ninguém cantou
E no ultimo instante
Antes de tudo se apagar
Na ultima vida que terei
No ultimo suspiro
Que hei de dar
Lembrarei da cicatriz
Deixada pelo sonho
Deixada por teus olhos

terça-feira, 21 de julho de 2009

Atras...


atras de uma janela
coberta de poeira
vejo nuvens passando
atras de um espelho
envelhecido desfigurado
vejo uma lagrima fria
atras de um porta
que se fecha lentamente
trazendo a saudade
atras de um olhar
calmo e distante
vejo solidao
atras de memorias
cinzas e negras
vejo minha morte
eu quis te reencontrar
caminhei pelo labirinto
sacrifiquei minha alma
senti meu corpo gelido
persegui cegamente
teus gritos palidos
vi tua imagem
fragmentada em vidro
senti meu pulso
convidando-me a morrer
cai de joelhos
atras do teu brilho
atras da minha vida
atras do amor, a dor
junto caminha...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Amores Perdidos


em cada beijo, um universo
entre bocas a se tocarem
em cada abraço, um aperto
que me sufoca ao partires
em cada parte de mim
mulheres a circular
entre minhas veias finas
em cada veia, tinto sangue
derramado em lágrimas
em cada lágrima, saudade
veneno do ar que trago
em cada trago, dor
em meu coração parado
em meu peito cansado
de suspirar amores
amores... perdidos
mas nunca esquecidos